Planeta dos Macacos - A Guerra. O fim de uma trilogia.
- O que temos pra hoje?
- 10 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

Estreou na última quinta-feira (3) o filme que encerra a trilogia de Planeta dos Macacos e nós fomos conferir como esta saga que se iniciou em 2011 termina.
Planeta dos Macacos – A Guerra nos apresenta um cenário pouco tempo após o fim do segundo filme. Cesar o líder dos primatas já se mostra mais cansado e busca uma forma de chegar ao fim dos conflitos com os seres humanos, entretanto após alguns acontecimentos ele se vê obrigado a lutar para conseguir a tão sonhada paz.
A direção mais uma vez é de Matt Reeves, que já havia dirigido o segundo filme (Planeta dos Macacos - O Confronto), e este último filme só serviu para confirmar aquilo que todos já sabiam: Ele sabe como fazer um bom filme. O roteiro se desenvolve de maneira coerente, e aborda bem os personagens, tanto humanos quanto macacos, e o fato de os acontecimentos dos filmes anteriores terem profunda relação com o conflito torna a experiência de quem acompanha a trilogia muito melhor. Ela se apresenta como uma grande história perfeitamente dividida em capítulos que só vão ganhando qualidade.
OBS: Uma coisa que percebi e me chamou MUITO a atenção, foi que no segundo filme durante a luta final, o orangotango Maurice leva um tiro de raspão no rosto. A produção é tão atenta aos detalhes, que neste último filme podemos ver pequena cicatriz deixada pelo projétil. Achei isso irado! Atenção às pequenas coisas.
Os personagens principais conseguem transmitir perfeitamente as emoções das cenas em que estão. Mesmo quando é um macaco de computação gráfica (CGI) você ainda consegue criar uma relação de conexão. Os humanos, em especial Woody Harrelson que faz o Coronel, fazem parte da trama, tem o seu papel como “vilões”, mas não são necessariamente o ponto central do filme (principalmente no primeiro ato). Diferentemente da franquia Transformers (da qual eu sou fã), aonde se conta a história de humanos com robôs gigantes, esta é uma história aonde os seres humanos atuam quase que como coadjuvantes, deixando o protagonismo para os macacos.
Tecnicamente o filme é ótimo, principalmente quando se trata de CGI e trilha sonora. Cesar, que é interpretado por Andy Serkis através de uma técnica chamada “captura de movimentos”, é um bom exemplo de como um olhar, expressão ou gesto podem fazer o público criar um vínculo mesmo que com um personagem fictício. A “humanização” dos traços físicos de Cesar ajuda muito nesta identificação, entretanto, esta também pode ser sentida com os outros integrantes do bando, alguns fielmente semelhantes a macacos reais. A trilha sonora é um espetáculo à parte neste filme, com tons clássicos e batidas de tambor em momentos de tensão, que dão há quem está assistindo à sensação de imersão na trama.
O filme é basicamente um drama de ação. A paleta de cores é fria (tons de azul, preto, branco, cinza etc) e o fato de se passar basicamente na neve e na chuva ajuda a manter esse clima melancólico por todo momento. Até mesmo durante as raras exceções aonde a trama dá um alívio cômico, que diga-se de passagem funciona muito bem, este ainda tem um fundo triste e carregado de emoção.
Planta dos Macacos – A Guerra, é um ótimo filme. Tem ação na dose certa, um bom tempo de apresentação e desenvolvimento de personagens, e um arco dramático que faz você repensar as atitudes da humanidade com relação ao medo do diferente. Em vários momentos os espectadores podem se colocar no lugar dos macacos, que apenas querem viver em paz e acabar com os conflitos, e acabamos culpando os humanos por não conseguirem conviver com algo que não lhes é comum, pois vemos o que os macacos sofrem, entretanto, vale a pena pensar: Se a trama fosse contada do ponto de vista dos humanos, nãos lhes daríamos a razão? Trazendo isto para nossa realidade, este filme retrata bem os conflitos armados e ideológicos da humanidade atual. Se a guerra for movida pelo ódio, não há como se sair vencedor.
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